Talvez se tenha errado tanto, tanto, que tenha trazido sentimentos ruins, anteriores a este, à tona.
Talvez os erros não priorizaram o sentimento de respeito. Mas o medo sempre andou junto desde que o último abraço foi dado. Talvez muita coisa era pra ter sido diferente, mas um garoto, sendo apenas um garoto que perde o rumo estando longe, preza pelos ensinamentos e sua maturidade de mulher.
O garoto que tanto gosta de ouvir o que ela tem a dizer, se perdeu quando o número de pôr do sol ultrapassou os dedos que ele tinha para contar. As coisas tomaram um rumo que contradizem as juras e as promessas. A história do garoto, ainda que curta, não foi das melhores, foi abusiva e cobradora demais no que se diz respeito à sentimento. Mas o garoto que já tinha desistido de procurar e estava curtindo o tempo de férias no coração, encontrou suas palavras e sua solicitação de amizade que despertou mais do que amizade em pouco tempo. Tanto persistiu até que cedeu.
Tanto resistiu até que gostou. Porque a gente, muito menos o garoto, não escolhe quem gostar, a gente gosta e o coração manda no resto.
Um toque na nuca desliga o cérebro por um andar rápido e o coração age por segundos. E esses segundos que fizeram toda a diferença. O garoto se deixou levar, amou. Ama. O garoto encanta-se cada dia mais quando uma mulher como ela lhe conta coisas do mundo em que ele anda não havia vivido. E o garoto quer continuar vivendo, porque tanto foi feito e trabalhado dentro dele como ideia de um mundo melhor ao lado dela, que ele já não se vê mais voando se não for de mãos dadas.
O caminho a pé custa mais. Machuca os joelhos e demora. Voar admirando a vista e ver seus cabelos ao lado, soltos ao vento, tem maior peso e maior importância. Mas, longe, para sempre… O garoto não voltará a ser garoto sonhador caso um dia a vida lhe cobre crescer mesmo que ele não esteja pronto.
Ele ainda ama. O garoto ama. Mulher, o garoto te ama.

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