Ando no silêncio. Não há música, não há pessoas, não há nada de novo, nada que eu queira compartilhar ou saber. São sempre as mesmas decepções, com as mesmas pessoas. Não quero escrever, não quero ler. Não há simplesmente nada em mim, estou sem saída aqui nesse quarto. Nesse escuro, que não sei se me faz bem ou mal. É um reflexo de mim mesma, escuro, bagunçado, não faz nenhum sentido.
Tudo me faz mal, e eu faço mal a todos. Todos me ferem e eu machuco a todos. Estou na defensiva há tanto tempo que já não me lembro mais. Estou definhando na minha própria dor, contradizendo minhas idéias, meus sentimentos.
Eu quero ser livre, porque eu mesma estou me prendendo. Não se há algo à fazer, mas não há nada que eu realmente queira fazer.
Eu poderia simplesmente deitar aqui, deixar a inércia tomar conta de mim. Para sempre.
(Osmaiane)

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