Talvez eu não diga, mas seu beijo ainda me causa tanta falta de ar como no primeiro dia. Eu talvez tenha deixado de falar, mas seu sorriso ainda me faz sorrir como na primeira vez em que o vi. Eu não tenho dito, mas você ainda é a pessoa que me faz mais feliz nesse mundo, esqueço de contar, mas todas as noites ainda sonho contigo. 

E no meio de todos os gritos, tudo que eu queria é que você dissesse outra vez “tudo bem amor, eu estou aqui, conta comigo, eu te amo”. E você não diz, não mais. Eu queria ouvir mais uma vez aquelas palavras, que só fazem sentido vindo de você. Eu queria ainda receber mensagens no meio da noite de você dizendo o quanto me ama, e o quanto sente minha falta. Queria ser acordada as 7 da manhã com sua voz dizendo que só ligou pra ouvir a minha, como antes.

Então vejo, deixei de dizer tantas coisas à você, como amo o brilho dos seus olhos, por exemplo, ou como admiro a sua determinação, como me sinto protegida nos seus braços, como adoro quando você mexe em meus cabelos apesar de te bronquear energicamente por isso.

Ah! E quando você me beija, eu deveria te dizer para não largar-me mais, no entanto, as palavras parecem presas à garganta. Ou simplesmente sinto que não é necessário dizer pois você já sabe. Que tolice! Eu deveria dizer sempre!

Lembro-me agora, que ultimamente nós ficamos horas falando de nossos defeitos. Nos esquecemos, de falar sobre aqueles detalhes bobos, tão importantes. Hoje te lembro mais do quanto amo te abraçar, nem você me adverte que eu realmente deveria respirar enquanto te beijo. Adoraria que você me tirasse pra dançar dessa vez e, pensando bem, não faria mal nenhum ouvir sua voz cantando outra vez para mim.

É algo, que nós dois sentimos falta, como é mesmo o nome? Romantismo! Ele não faz tanta falta, faz? Sim, quanta falta! Ora, que coisa mais clichê! Mas não seria o amor, o sentimento mais clichê do mundo? Então, digo-te agora, eu te amo, e tão clichê quanto é o amor, são minhas aspirações, minhas reações, minhas emoções. E por mais clichê e gasto que seja, amor, pode me passar um pouco desse tempero chamado romantismo?